segunda-feira, 24 de abril de 2017

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DOS DIAS 24/04/2017 A 29/04/2017

Ano A



24 de Abril de 2017

Jo 3,1-8

Comentário do Evangelho

Diálogo catequético-batismal

O texto do evangelho de hoje é o início de um longo diálogo de Jesus com Nicodemos, diálogo que poderíamos caracterizar como catequético-batismal. Nicodemos é fariseu e vê Jesus simplesmente como Mestre, como um homem de Deus. Ele partilha com os do seu grupo a dependência dos sinais para chegar à fé. Para os fariseus “sinal” é uma obra extraordinária, sobrenatural, espetacular, a exemplo do que satanás sugeria a Jesus ao propor que ele saltasse do pináculo do Templo (Mt 4,5-7; Lc 4,9-12). Nicodemos, que gozava de prestígio entre os fariseus (v. 1), vai procurar Jesus à noite por medo do juízo dos seus pares ou, então, porque o seu modo de viver a religião não realiza as obras de Deus (cf. Jo 9,4). Jesus propõe a Nicodemos uma mudança radical: nascer de novo (v. 3.7), isto é, “nascer da água e do Espírito” (v. 5). Nicodemos não compreende, pois está ligado ao que é puramente terrestre, e discorre no plano da razão humana. É ao Batismo que Jesus se refere. Pelo Batismo se nasce para a luz, para o alto, para o que é propriamente de Deus. O Batismo gera a fé em Cristo, enviado do Pai para dar vida ao mundo.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, faze-me nascer de novo e renovar minha condição de discípulo de Jesus, totalmente confiado em ti, a serviço da construção do teu Reino.
Fonte: Paulinas em 28/04/2014

VIVENDO A PALAVRA

O gesto de Nicodemos – um judeu importante que procurou Jesus na calada da noite – deu ao Mestre oportunidade de voar alto e nos levar a penetrar no Mistério do Reino do Pai. Aprendemos que é preciso ‘nascer de novo’ – não do jeito imaginado por Nicodemos, mas ‘da água e do Espírito’. E muito mais João ainda vai nos contar!
http://arquidiocesebh.org.br/para-sua-fe/espiritualidade/meu-dia-em-oracao/o-vento-sopra-onde-quer/

Reflexão

O Evangelho de hoje nos mostra uma nova oposição entre o velho e o novo, que não acontece mais segundo o tempo, mas segundo a condição do homem diante de Deus. O homem velho é o homem do Antigo Testamento, o homem que vive segundo a lei, é escravo do pecado e da morte. O homem novo é o homem que participa da Nova Aliança, é cidadão do Reino de Deus, não vive mais segundo a lei, mas vive o novo mandamento, o mandamento do amor, não é mais escravo do pecado, mas é filho de Deus, é livre e vive segundo a graça e não é mais prisioneiro da morte porque tem a Vida nova em Cristo.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2017&mes=4&dia=24

Recadinho

Quando você foi batizado(a)? - Você procura valorizar os encontros de preparação para o batismo? Como? - Quais são as principais ocasiões de renovação espiritual que temos durante o ano? - Qual mais lhe agrada? - Jesus censura Nicodemos mas também o elogia. Você sabe elogiar seu próximo quando merece elogio?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuario Nacional em 28/04/2014

Meditando o evangelho

O NOVO NASCIMENTO

Nicodemos representa o tipo de discípulo que quer chegar à fé em Jesus, sem abrir mãos dos próprios esquemas mentais. A fé no Ressuscitado, nestas circunstâncias, exige um nascer de novo pela força do Espírito de Deus. O novo nascimento supõe colocar-se diante de Jesus, com a inocência de uma criança, deixando-se guiar por ele. Significa ter um coração generoso para receber suas palavras, sem exigir grandes explicações, nem tampouco alterar-lhe o sentido. É predispor-se a adequar a própria vida ao projeto de Jesus, deixando-se transformar por ele, numa nova criatura. É deixar o Espírito do Senhor agir com total liberdade sobre todos os âmbitos da própria existência, sem excluir nenhum espaço. É permitir que a dinâmica da Ressurreição perpasse as estruturas do próprio ser, de modo a banir todo pecado e egoísmo.
Esta dinâmica de renascimento não depende da idade cronológica. Uma pessoa, embora sendo idosa, pode colocar-se neste processo de renascer. Aliás, cada cristão, ao proclamar sua fé em Jesus, deve estar predisposto a passar pelo novo nascimento. A profundidade do ato de fé manifesta-se mediante sinais indicadores de que algo de novo está acontecendo na vida do cristão. Caso contrário, tudo não passará de pura ilusão.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, ajuda-me a nascer de novo, deixando que a dinâmica da Ressurreição tome conta de toda a minha vida.
http://domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2017-04-24

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos consciência de que teu gesto criador não aconteceu apenas  no início dos tempos, mas se renova constantemente. E que, por isto, devemos nascer sempre de novo pela água, que purifica, e pelo Espírito, que dá Vida, porque somos filhos do teu Amor de Pai que tem ternura materna. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
http://arquidiocesebh.org.br/para-sua-fe/espiritualidade/meu-dia-em-oracao/o-vento-sopra-onde-quer/


25 de Abril de 2017

Mc 16,15-20

Comentário do Evangelho

Presença de Jesus na missão

Este texto é um acréscimo tardio ao evangelho de Marcos. Indica já uma incipiente prática institucional do batismo, com uma imatura intolerância. A fé é associada a sinais extraordinários. Há uma aproximação das fontes de Lucas, o qual em Atos narra o episódio em que uma serpente prende-se à mão de Paulo sem que ele nada sofra. A narrativa da ascensão de Jesus também é exclusiva de Lucas.
O texto reflete a prática missionária nas comunidades provavelmente do fim do primeiro século. Notam-se o empenho em "anunciar a Boa-Nova por toda parte" e a confiança na presença de Jesus, com o conforto que proporcionava aos discípulos.
Hoje se compreende que a prática missionária não é condenatória nem marcada por fatos extraordinários. E esta prática é exercida com a certeza da presença viva de Jesus de Nazaré entre nós. O sinal por excelência da missão é o amor misericordioso. É a descoberta, a valorização e o cultivo dos sinais de vida nas comunidades, entre todos os povos.
José Raimundo Oliva
Oração
Senhor Jesus, contemplando tua ascensão para junto do Pai, assumo a tarefa de levar, ao mundo inteiro e a toda criatura, a mensagem do teu Evangelho.
Fonte: Paulinas em 25/04/2012

Vivendo a Palavra

Marcos sabia o que estava escrevendo. Ele era um dos que foram pelo mundo e ajudaram a espalhar a Boa Notícia: o Reino de Deus está bem próximo – já está dentro de nós! Também a nós é oferecida a oportunidade de anunciar que o Amor existe e pode ser vivido. Basta seguir nosso Mestre.
Fonte: Arquidiocese BH em 25/04/2012

Meditando o evangelho

IDE PREGAR O EVANGELHO

A ascensão de Jesus foi um marco importante na vida da primitiva comunidade cristã. Após longo processo de formação, os discípulos tinham diante de si a missão de evangelizar o mundo inteiro, não contando mais com a presença física do Mestre.
Desde que convocou os primeiros discípulos para segui-lo até o momento de sua subida para junto do Pai, Jesus não descurou a tarefa de preparar o pequeno grupo de seguidores para o serviço da evangelização. As longas caminhadas permitiram-lhe ir explicitando para eles a mensagem evangélica. Os discursos dirigidos às multidões e os debates com seus adversários foram, também, ocasiões propícias para tornar conhecido seu pensamento. Não bastava, porém, a formação intelectual. Era preciso uma preparação em nível existencial. Isso se deu mediante o exemplo de vida do Mestre. Seu modo de tratar as pessoas, especialmente os pecadores e marginalizados, seu relacionamento íntimo com o Pai, sua liberdade diante da Lei, sua ação enérgica contra toda sorte de injustiça e exploração da boa-fé do povo serviam de alerta para os discípulos, em vista da atitude que deveriam tomar, no exercício da missão.
Com a volta de Jesus para junto do Pai e a conclusão de sua missão terrena, chegou a hora de os discípulos assumirem sua tarefa. Doravante, Jesus passaria a agir por meio deles.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, contemplando tua ascensão para junto do Pai, assumo a tarefa de levar, ao mundo inteiro e a toda criatura, a mensagem do teu Evangelho.
http://domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2017-04-25

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. "Os sinais que acompanharão os que crerem..."
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

___ São Marcos, aproveitando que hoje é a sua festa na liturgia da nossa querida Igreja, a gente tem uma pergunta que está "entalada" aqui, é sobre os sinais miraculosos que deverá acompanhar os que crêem...
Marcos ___Bom, primeiramente vejam o objetivo do evangelho que escrevi, e assim será mais fácil de entender o conteúdo de cada um dos escritos.
___Então há uma intenção por trás de cada relato?
Marcos ___Claro que sim, no meu evangelho sempre tive a intenção de mostrar que Jesus é verdadeiramente o Filho de Deus, as palavras e as frases sempre giram em torno dessa proclamação...
___ Ué, mas isso não é óbvio  São Marcos?
Marcos - Hoje para vocês do segundo milênio sim,  mas para as primeiras comunidades tudo era muito vago e ninguém tinha certeza de nada. Havia muitas heresias em torno de Jesus Cristo, e nós tínhamos que mostrar a Verdade e essa era a principal delas "Jesus é o Filho de Deus".
___Ah, agora lembrei de uma coisa, que lá na morte de Jesus no calvário, no seu evangelho um Centurião aos pés da cruz dá um bonito testemunho quando diz "Verdadeiramente este homem era o Filho de Deus".
Marcos - Pois é, e esta afirmativa é o cume do meu evangelho, ele fecha com chave de ouro todas as narrativas desde o Batismo de Jesus, seus ensinamentos e milagres, até a sua morte na cruz...
___ São Marcos, e essa história de continuar com a missão de Jesus, foi isso mesmo?
Marcos - Sim, pois continuar com a missão não foi uma decisão dos discípulos, mas uma obediência ao mandato de Jesus "Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura..."
____Ah bom... Estamos começando a entender, não se trata de um projeto e de uma iniciativa humana...
Marcos ___Claro que não! Se fosse assim, as coisas jamais teriam dado certo e vocês aí do segundo milênio não teriam recebido o evangelho exatamente do modo como anunciamos lá no início...
___ Puxa vida... A entrevista chegou ao fim e não conseguimos falar da nossa principal dúvida: esses sinais miraculosos eu confesso que a gente não tem em nossas comunidades, exorcizar demônios, falar novas línguas, meter a mão em serpente, beber veneno mortal e não morrer, curas milagrosas. Não é este o perfil de nossas comunidades... Tem algumas coisas fora do normal aqui e ali, mas em geral não é assim...
Marcos ____Olhe! Cada ação dessa citada no evangelho, como parte do mandato missionário, tem um simbolismo muito forte para as primeiras comunidades: eram sinais evidentes de que Jesus de Nazaré, o Filho de Deus, acompanhava a missão dos apóstolos justamente para confirmar a autenticidade da Palavra anunciada que é poderosa.
____Ah então quer dizer que os tais sinais miraculosos são em função do anúncio e para confirmar a Palavra, e não ações isoladas em um outro contexto?
Marcos - Lógico que não, a Palavra anunciada liberta o homem das forças do demônio, coloca em sua boca a nova linguagem do amor, que todos entendem, e a questão de pegar em serpentes ou tomar veneno mortal e sair ileso, nos remete ao Genesis, onde uma serpente tentou a Eva e a envenenou com o mal do pecado. Podemos reler em Marcos exatamente isso, de que apesar de expostos ao Mal presente no mundo, o discípulo fiel seguidor de Jesus Cristo, jamais será contaminado porque ele contém a Vida e a Graça que Jesus concedeu junto com a missão.

2. O EVANGELHO DE MARCOS
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

A tradição identifica o autor deste Evangelho com São Marcos, que foi com Barnabé, seu primo, e com Paulo para a primeira viagem missionária a partir de Antioquia (At 13,2.5). Seria também o filho de Maria, em cuja casa Pedro se abrigou em Jerusalém (At 12,12). Marcos escreveu seu Evangelho provavelmente no ano 65, sendo depois, nas décadas de 80 e 90, seguido pelos Evangelhos de Mateus, Lucas e João. Marcos, em seu texto, resgata as memórias históricas de Jesus de Nazaré, abandonadas pela visão cristológica que se concentrava no Jesus ressuscitado (Cristo). Seu Evangelho termina com a narrativa das mulheres que encontram o túmulo de Jesus vazio e são avisadas pelo anjo de que "Jesus, de Nazaré, o crucificado... vos precede na Galiléia...". As narrativas de aparições do ressuscitado (Mc 16,9-20) são acréscimos posteriores, feitos pela Igreja estruturada, provavelmente já no segundo século, a qual achou por bem reforçar neste Evangelho a dimensão do Cristo glorioso.

Fonte: NPD Brasil em 25/04/2012

HOMÍLIA DIÁRIA

Não tenha medo de ser testemunha do Cristo Ressuscitado

Postado por: homilia
abril 25th, 2012

Estamos diante das narrativas de aparições do Ressuscitado que, segundo os exegetas, seriam acréscimos posteriores feitos pela Igreja estruturada – provavelmente já no século II d.C. -, a qual achou por bem reforçar, nesse Evangelho, a dimensão do Cristo glorioso.
Glorioso por quê? A razão é simples: os apóstolos estavam angustiados por não poder realizar a missão de levar o Evangelho “a todos os povos”, como Jesus lhes havia ordenado. Enviados a proclamar o poder que Jesus recebeu do Pai, os apóstolos deveriam partir, dispostos a caminhar por todas as estradas do mundo e anunciar a Boa Nova da Salvação a todas as pessoas que encontrassem. Ninguém poderia ser deixado de lado, pois a Salvação é um direito de todos. Mas, assim como nós, hoje, também os discípulos de Jesus vacilaram muitas vezes. Tiveram medo de anunciar e pregar o Evangelho com viva voz. Então, Jesus ressurgiu e os confirmou na fé, dando-lhes a certeza da Sua presença entre eles.
Para que os discípulos não duvidassem do Mestre, Ele lhes deu sinais visíveis e concretos. O primeiro sinal foi o da adesão. Assim, o Senhor soprou sobre eles, a fim de que recebessem a força do Espírito Santo. Portanto, o sinal de adesão a Jesus se dá no batismo, feito “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. Essa é a forma de vincular toda a humanidade ao Pai, por meio de Jesus, na força do Espírito. Dessa comunhão de amor deve surgir uma humanidade nova, fundada na filiação divina e na fraternidade.
Por sua vez, os apóstolos têm como tarefa levar os novos discípulos a pautar sua vida nos ensinamentos do Mestre. Para isso, bastaria ensinar os batizados a observar tudo aquilo que Jesus lhes havia ensinado, ou seja, nada mais do que amar a Deus e ao próximo, como fora explicitado no Sermão da Montanha.
Uma certeza deveria animar os apóstolos: o Ressuscitado estaria, para sempre, junto deles, incentivando-os a serem fiéis à missão. Portanto, nada de se deixar abater pela grandiosidade e pelas exigências da tarefa recebida.
“Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda criatura!” (Marcos 16,15). Assim, tornai-vos a esperança dos homens, vós que sois, para vós mesmos, causa de desespero. Descobrireis a extensão de vossa incredulidade quando virdes o mundo crer em vossa palavra, vós que sequer confiastes no testemunho de vossos olhos. Sabereis qual a dureza de vosso coração, quando virdes, no mundo inteiro, os povos mais selvagens proclamarem meu Nome sem jamais me terem visto, enquanto vós me renegastes quando vivi entre vós. Vereis pela terra homens divididos, homens encerrados em ilhas, encravados em rochedos, perdidos no deserto, mágicos, gregos tagarelas, romanos bem falantes procurarem a fé pela própria fé, que vós procurastes com a mão e com o dedo no fundo de minhas chagas.
Assim como Jesus enviou os apóstolos ontem, hoje, Ele faz o mesmo com você. Ele está enviando você, meu irmão, como testemunha de Sua Paixão, Morte e Ressurreição. Não deixe que a sua “lentidão” sirva de obstáculo para os seus irmãos e irmãs. Não tenha medo, porque Jesus está com você.
Nada acontecerá com você durante sua missão. Saiba que a sua disponibilidade em aceitar o convite ao anúncio do Evangelho fortificará a fé daqueles que hão de crer por meio de você. “Quem crer e for batizado será salvo”, diz o Evangelho.
Como batizado, saiba que a fé é para o batismo o que a alma é para o corpo. Assim, aquele que nasce da água vive da fé. “O justo – diz S. Paulo – viverá pela fé “ (Rm 1,17). Portanto, aceite o convite. Não tenha medo e se coloque a serviço do Senhor, servindo seus irmãos. Seja testemunha do Senhor Ressuscitado.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova

Oração Final
Pai Santo, que a simplicidade do Evangelho de Marcos seja exemplo para a nossa vida, e a nossa ação de graças nos leve a buscar a justiça, a fraternidade e a compaixão para com todos os irmãos, especialmente os pobres e os excluídos. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 25/04/2012


26 de Abril de 2017

Jo 3,16-21

Comentário do Evangelho

O mundo é o lugar da manifestação do amor de Deus por toda a humanidade

O evangelho deste dia é o último trecho do diálogo catequético-batismal de Jesus com Nicodemos. Trata-se de uma apresentação genial da razão da encarnação e da redenção: o amor de Deus é a causa preexistente da encarnação do Verbo eterno; a morte gloriosa de Jesus para a salvação do mundo é o gesto do amor de Deus por toda a humanidade, revelado no seu Filho unigênito. Nosso mundo não é, na visão cristã, um vale de lágrimas, nem estamos num desterro. O mundo é o lugar da manifestação do amor de Deus por toda a humanidade, o lugar em que o Verbo “armou a sua tenda” (Jo 1,14). Pela fé no Filho de Deus é dada aos que creem a vida eterna, a participação na vida divina. A vida eterna é comunhão de vida com o Pai e o Filho (cf. Jo 17,3). A vida eterna precisa ser recebida como dom do amor incomensurável de Deus por toda a humanidade. É Deus que, por seu Filho, nos introduz e nos faz participar da sua vida divina. A fé, contudo, está subordinada à liberdade do ser humano. Ao invés da Luz, os homens podem preferir as trevas (cf. Jo 1,4-5.9-11).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, instrui-me, por teu Espírito, a respeito da pessoa e da missão de Jesus, e leva-me a aderir ao teu Filho, sempre com maior radicalidade.
Fonte: Paulinas em 30/04/2014

Vivendo a Palavra

Chegamos ao cerne do anúncio de Jesus: o Pai nos ama a tal ponto que nos enviou seu Filho Unigênito. Todos que nele acreditam estão salvos. Nisto se resume toda a Lei, a Profecia e a Sabedoria das Escrituras Sagradas. Fica para nós a missão de testemunhar para o mundo a Boa Notícia: o Reino do Céu já chegou. Ele está em nós!
Fonte: Arquidiocese BH em 30/04/2014

Reflexão

A vinda de Jesus ao mundo é a grande manifestação do amor misericordioso de Deus, que não quer a morte do pecador, mas que ele se converta e viva, e por isso manda o seu próprio Filho, não para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele, ou seja, pelo mistério de sua paixão, morte e ressurreição, todas as pessoas que querem viver segundo a luz, realizando as obras de Deus, e fugir das obras das trevas, fugir do pecado e das suas conseqüências, deixam de ser escravas do pecado e da morte e tornam-se livres, filhos e filhas de Deus, para viver segundo a graça e caminhar na esperança de que viverá eternamente junto de Deus.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2017&mes=4&dia=26

Recadinho

O que é mais fácil? Ver as qualidades ou os defeitos dos outros?! - Por que será que temos tanta facilidade em ressaltar sempre em primeiro lugar os defeitos de nossos irmãos? - Fazemos a experiência de colocar em paralelo os defeitos e também as qualidades dos outros? - Comentemos o dito popular de que “as aparências enganam”. - Aproveitemos para manifestar, com nossos exemplos, a bondade que vai em nosso coração.
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuario Nacional em 30/04/2014

Meditando o evangelho

O AMOR DO PAI PELA HUMANIDADE

O gesto mais grandioso do amor de Deus pela humanidade consistiu no envio do Filho Jesus para propiciar-lhe vida, livrando-a, assim, da morte eterna. A ação Jesus, com tudo o que ele fez de bem para as pessoas do seu tempo, visava sempre possibilitar o acesso à salvação oferecida por Deus.
Por isso, era necessário fazer uma clara opção a respeito do Mestre: aceitá-lo ou rejeitá-lo. Infelizmente, o evento Jesus não chegou a produzir, no coração dos seus contemporâneos, os efeitos desejados. Muitos preferiram tropeçar no caminho das trevas do que prosseguir seguros no caminho da luz. Outros optaram pela mentira, quando podiam pautar suas vidas pela verdade.
Esta espécie de ingratidão, porém, não invalidou a proposta do Pai mediante o Filho Jesus. Ele será sempre a luz que dissipa as trevas do erro e a verdade que desvenda a mentira. Sua presença contínua na história humana, fruto da Ressurreição, constitui-se em oferta de vida, embora o que leva à morte pareça prevalecer.
Quem opta por Jesus e assimila seu projeto de vida não teme que suas ações sejam conhecidas de todos, pois elas são feitas em sintonia com Deus. Esta é a forma de ser agradecido ao Pai pelo amor que ele demonstrou por toda a humanidade, ao enviar seu Filho.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, conduze-me sempre pelos caminhos da vida. E ensina-me a ser grato ao Pai por seu grande amor à humanidade.
http://domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2017-04-26

Oração Final
Pai Santo, o mundo nos tenta com a sedução de suas luzes efêmeras e enganadoras. Ensina-nos, Pai amoroso, a discernir e buscar o essencial para nossa Vida: ouvir e seguir o Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo vive e reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 30/04/2014


27 de Abril de 2017

Jo 3,31-36

Comentário do Evangelho

O sopro de Deus

O discurso precedente é interrompido pela notícia do batismo de João e o de Jesus (vv. 22-30). Os versículos 31 a 36 são a retomada do discurso motivado pela visita, à noite, de Nicodemos, um notável entre os judeus. Aquele que vem do Alto tem não somente sua origem em Deus, mas é movido pelo “sopro” de Deus (cf. v. 6). O Espírito Santo, o sopro de Deus, é que faz contemplar e escutar o que é celeste. Como todo enviado, ele traz a marca, o selo, de quem o enviou. Sua mensagem é uma palavra apropriada, uma vez que ele fala do que viu e ouviu (cf. v. 32). É Deus que fala por meio dele; sua palavra é de Deus. O testemunho do Filho único de Deus está enraizado nesse dinamismo. Acolher o seu testemunho é fazer a experiência de que Deus é verdadeiro. Jesus é quem, pelo seu testemunho, pela sua vida, revela o Pai. A fé no Filho, que vive em comunhão com o Pai, dá a vida eterna. Não é mais a Lei que dá a vida (cf. Dt 30,15-18), mas a fé no Filho.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, faze-me dócil e acolhedor diante do testemunho de Jesus que nos revela a tua Palavra, empenhando-me a levar cada ser humano a entrar em profunda comunhão contigo.
Fonte: Paulinas em 11/04/2013

Vivendo a Palavra

“Aquele que acredita...” a promessa de Jesus é firme e vigora para sempre. Mas acreditar não é só admitir como verdade, nem mesmo proclamar publicamente a adesão. Acreditar é ‘dar o coração’ viver o caminho de Jesus, entregar-se ao serviço do próximo – de graça, como o Mestre – e, preferencialmente, do pobre e rejeitado pela sociedade dos homens.
Fonte: Arquidiocese BH em 11/04/2013

Reflexão

Devemos procurar Jesus para que, a partir do encontro pessoal com ele, possamos conhecer o próprio Pai. Quando isso acontece, deixamos de pertencer às coisas da terra, porque assumimos novos valores e encontramos em Deus uma nova motivação para viver: a motivação das coisas do alto. A fonte dessa motivação é o dom do Espírito Santo que é derramado sem medida sobre nós e faz com que reconheçamos nas palavras de Jesus as palavras do próprio Deus, que são fonte de verdadeira alegria e de felicidade eterna para todos os que crêem nelas e as colocam em prática no dia a dia.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2017&mes=4&dia=2

Meditando o evangelho

JESUS FALA AS COISAS DE DEUS

A origem divina de Jesus permitiu-lhe falar das coisas de Deus com uma autoridade  desconhecida. Até então, os sábios e doutores de seu tempo limitavam-se a interpretar as Escrituras, buscando-lhes sentidos ocultos. Nesse afã, acabavam por complicar tanto a Palavra de Deus a ponto de pensarem que somente um pequeno grupo de privilegiados estavam em condições de compreendê-la e praticá-la.
Jesus rompeu com este esquema e se declarou apto para dar testemunho de tudo quanto viu e ouviu do Pai. Ele não era rabi no sentido tradicional, e sua relação com as Escrituras era de total liberdade. Sua Palavra era a Palavra de Deus, comunicada à humanidade, sem necessitar de interpretações casuísticas e sofisticadas. Por outro lado, Jesus falava pela força do Espírito que lhe fora comunicado pelo Pai.
Assim sendo, quem quisesse ter acesso à Palavra de Deus, em sua integridade, sem as deformações das interpretações humanas, necessitava recorrer a Jesus. Esta Palavra era penhor de vida, por colocar no caminho de Deus, quem se abrisse para ela. Pelo contrário, quem se fechasse à Palavra de Jesus e a recusasse, deveria por-se de sobreaviso, pois pesava sobre ele a ira de Deus. Isso por que fechar-se para Jesus redundava em fechar-se para Deus.  E dar as costas à Palavra de Jesus corresponde a dar as costas para Deus. O discípulo precisa ponderar isto com cuidado.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, que a tua Palavra, testemunho do Pai, ecoe profundamente no meu coração e seja penhor de vida eterna.
http://domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2017-04-27

Oração Final
Pai Santo, envia sobre nós o teu Espírito e nos dá força para transformar em testemunho de vida a fé que ainda não temos, mas tanto desejamos ter. E nos ensina, Pai amado, a sermos agradecidos pelo dom infinito do teu Filho Unigênito. Pelo mesmo Cristo Jesus, que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 11/04/2013



28 de Abril de 2017

Jo 6,1-15

Comentário do Evangelho


Qual é o verdadeiro alimento do povo que o Cristo atrai e reúne?

O relato dos pães precede o longo discurso do “pão da vida” (Jo 6,35-58). Encontramos esse relato também na tradição sinótica (Mt 14,13-21; Mc 6,30-44; Lc 9,10-17). A multidão é atraída a Jesus pelos sinais que ele fazia em favor dos doentes. Para o evangelista, o que Jesus fazia em favor dos enfermos é “sinal”, mas não é o caso para a multidão. Basta nos remetermos à crítica que Jesus faz aos que o procuravam, depois do acontecimento dos pães (cf. Jo 6,26). Por sua própria natureza, o sinal é ambíguo; precisa ser compreendido e discernido para que remeta a pessoa à realidade para a qual ele aponta. A evocação da Páscoa dos judeus (v. 4) é importante, uma vez que ela nos faz ler e compreender o relato à luz da Páscoa de Jesus Cristo, em que Deus selou uma Aliança definitiva com o seu povo. A pergunta posta por Jesus a Filipe é para testá-lo (vv. 5-6). Lido à luz da Páscoa do Senhor, o relato põe implicitamente para o leitor outra questão: Qual é o verdadeiro alimento do povo que o Cristo atrai e reúne? A resposta será exaustivamente explicitada no discurso do pão da vida.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que a Páscoa de Jesus renove em mim a consciência de pertencer a teu povo, cuja existência deve se pautar pela caridade e pela partilha solidária.
Fonte: Paulinas em 02/05/2014

Vivendo a Palavra

Cinco pães, dois peixes e desapego para partilhar bastaram para satisfazer a fome de cinco mil pessoas. No mundo injusto em que vivemos – multidões de pobres famintos e tanto desperdício entre os ricos... – faltam Profetas capazes de gerar justiça e fraternidade entre irmãos. Este é o nosso papel de discípulos missionários de Jesus – a sua Igreja.
Fonte: Arquidiocese BH em 02/05/2014

Reflexão

O capítulo sexto do evangelho de São João é reservado para o discurso sobre o sacramento da Eucaristia, e Jesus, no uso da sua pedagogia, prepara os judeus para esse discurso através da multiplicação dos pães. A prática pedagógica de Jesus deve ser o grande iluminativo para a nossa prática missionária, pastoral e evangelizadora. Nós devemos anunciar o evangelho a partir da realidade das pessoas, de suas experiências de vida, dos seus valores e das suas expectativas. Antes de anunciar a Palavra de Deus, precisamos criar a necessidade dela no coração das pessoas como Jesus, que a partir da necessidade do pão, cria a necessidade do pão da vida eterna.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2017&mes=4&dia=28

Recadinho

Você se preocupa com aqueles que não têm pão? - O que sua comunidade faz pelos que não têm o pão de cada dia? - Que lugar ocupa a Eucaristia em sua vida? - Você reza às refeições? - Você se lembra de agradecer a Deus por tudo que tem?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 02/05/2014

Meditando o evangelho

O MILAGRE DA PARTILHA

O mistério pascal produz seus frutos, quando a presença do Ressuscitado abre o coração do cristão para o amor e a partilha. Este é, sem dúvida, o maior milagre que o Senhor realiza na vida dos discípulos.
Jesus foi ensinando a lição da partilha amorosa, ao longo do seu ministério. O milagre da multiplicação dos pães insere-se neste projeto de formação para o discipulado.
Tudo começou com a preocupação de Jesus em relação à multidão faminta. Os discípulos foram envolvidos e desafiados a encontrar uma solução que atingisse a todos e não apenas um pequeno grupo. Jesus foi informado de que um rapaz trazia consigo cinco pães e dois peixes, e aceitava colocar esta pequena porção de alimento a serviço de todos. Por isso, começou a distribuir os pães e os peixes, e todos comeram à saciedade. Cada qual procurava partilhar do seu pouco com os demais. Teria bastado uma pequena dose de egoísmo e de incapacidade de partilhar para que o milagre não acontecesse.
Os primeiros cristãos logo compreenderam a exigência da partilha como dimensão necessária de sua fé. A celebração eucarística tornou-se símbolo deste projeto de vida. O Senhor, que se dá no pão eucarístico, aponta para a exigência de partilha com que se defronta a comunidade de fé.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, abre meu coração para o amor e a partilha, de modo que tudo quanto possuo seja colocado a serviço dos irmãos.
http://domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2017-04-28

Oração Final
Pai Santo, faze-nos sentir o teu Amor em nossa vida; dá-nos a consciência de que amas todos os teus filhos sem excluir nenhum deles e que devemos testemunhá-lo, sendo fontes de justiça e paz no mundo, seguindo o Cristo, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 02/05/2014


29 de Abril de 2017

Jo 6,16-21

Comentário do Evangelho

Jesus traz paz

Após a partilha dos pães, Jesus retirou-se sozinho para a montanha. Ele o faz para evitar a euforia do povo que queria fazê-lo rei. Ao anoitecer, os discípulos, por sua vez, descem para a beira-mar. Entram no barco e vão para a direção de Cafarnaum, atravessando de novo o mar. A barca com os discípulos, no escuro e no mar agitado pelo vento, simboliza a insegurança deles em face da ausência de Jesus. Estão de volta às trevas e à agitação do sistema opressor do qual Jesus procura libertá-los. Até então "Jesus não tinha vindo a eles". Mas Jesus não os abandona no perigo. Andando sobre as águas, aproxima-se. Jesus vem como o Espírito de Deus que pairava sobre as águas, na criação. Os discípulos, sem entender, temem diante da visão. A identificação de Jesus lhes traz paz. "Sou eu. Não tenhais medo!" Agora, confiantes, querem receber Jesus no barco. Mas, com a simples aproximação de Jesus, eles estão libertados da agitação e do medo, pois o barco atinge a terra firme. Esta narrativa, em sua simbologia, revela-nos Jesus como aquele que traz a paz e a segurança na comunidade e na missão.
José Raimundo Oliva
Fonte: paulinas em 21/04/2012

Vivendo a Palavra

Soprava vento forte e o mar estava agitado. E Jesus ainda não tinha ido ao encontro deles... Uma situação em que nós pensamos nos encontrar nos dias conturbados que vivemos neste início do terceiro milênio. Mas lembremos que Ele – ainda que seja andando sobre as águas – não nos abandona e logo nos dirá: «Sou Eu. Não tenham medo.»
Fonte: Arquidiocese BH em 21/04/2012

Reflexão

Nós podemos nos encontrar com Jesus nas situações e nos momentos em que menos esperamos que isso possa acontecer e, quando isso acontece, podemos nos assustar e até mesmo nos sentir assombrados, com muito medo. Mas a nossa postura deve ser justamente o contrário disso tudo. Quando encontramos Jesus, ele sempre nos mostra algo de concreto para as nossas vidas e para onde devemos chegar, nos revela alguma coisa que nos ajuda na superação das dificuldades que encontramos, ele nos mostra que o seu amor e a sua presença não são algo abstrato nas nossas vidas, mas que a sua presença é sempre amor concreto de Deus, força de superação e conquista do novo que nos revela o Reino definitivo.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2017&mes=4&dia=29

Meditando o evangelho

COM JESUS NAS TEMPESTADES

A adesão ao Ressuscitado comporta tremendos desafios para os que escolhem o caminho do discipulado cristão. Engana-se quem pretende transformá-lo num oásis de paz e de tranqüilidade, livre de tribulações. A cena evangélica indica-nos como enfrentar as tempestades da vida.
Os discípulos põem-se a atravessar o mar da Galiléia, numa pequena barca, rumo a Cafarnaum. Dois detalhes: já era noite e não estava com eles o Senhor. A forte ventania  e a agitação do mar fazia-os correr o risco de afundar.
Tudo mudou quando se deram conta de não estarem sozinhos. Com eles estava o Senhor, exortando-os a não entregar os pontos. A meta devia ser alcançada!
Os discípulos de todos os tempos fazem semelhante experiência. O testemunho de sua fé no Ressuscitado coloca-os muitas vezes em situações aparentemente sem solução. São tempestades das mais variadas formas: perseguição, martírio, indiferença, marginalização, expulsão, calúnias etc. É como se entrassem numa pavorosa escuridão, com o risco de desviar-se do rumo estabelecido pelo Senhor.
Nestas circunstâncias, mais do que nunca, é preciso dar-se conta da presença do Ressuscitado a incentivá-los a continuar, sem esmorecer. Ele é um companheiro fiel!
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, em meio às tempestades, faze-me compreender que o Ressuscitado caminha comigo, incentivando-me a não temer e a permanecer firme no rumo traçado por ele.
http://domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.html?data=2016-04-9

Meditando o evangelho

É PRECISO RECONHECER O SENHOR

As primeiras comunidades cristãs viram-se às voltas com sérios problemas quando se puseram a dar testemunho da Ressurreição. As dificuldades surgiam de todas as partes. Dentro da comunidade, experimentava-se deserções, incredulidade e exigências absurdas de provas da Ressurreição. De fora provinham pressões por parte da comunidade judaica preocupada com o que era proclamado e com os resultados disto na vida de muitas pessoas. Os cristãos viviam como se estivessem no meio de um mar, dentro de uma pequena barca agitada por ondas violentas. Os discípulos não chegavam a ter plena consciência da presença do Ressuscitado junto deles. Viam Jesus caminhar na direção deles, porém não o reconheceram e sentiram medo. Foi necessário que Jesus mesmo os exortasse a não temer. Afinal, ele estava junto de sua comunidade, especialmente, nos momentos de tribulação e dificuldade. Perceber a presença do Senhor era penhor de segurança e certeza de não sucumbir. Embora a tempestade permanecesse, não podia haver dúvida de que a meta seria atingida.
As tempestades que se abatem sobre a comunidade de fé não podem levar os discípulos do Ressuscitado ao desespero. Ele sempre lhes diz: "Estou aqui, não temam". Quem reconhece sua presença, pode estar certo de que as vencerá.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, sei que estás ao meu lado, na hora da provação e da dificuldade, dando-me segurança e ajudando-me a atingir a meta estabelecida por ti.
http://domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2017-04-29

Oração Final
Pai Santo, dá-nos fé e, mais do que isto, faze-nos fontes de esperança entre os peregrinos que colocaste perto de nós nesta jornada de retorno ao Lar Paterno, a Tua Morada Santa. Que o nosso testemunho ajude a caminhada dos peregrinos desta terra, nós te pedimos pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/04/2012


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